Agosto: sem açúcar

Um golzinho de Pet, de pênalti, contra o Ceará... outro de Jean, de cabeça, após escanteio cobrado por Pet... e só???? Caramba! Acabei de "contabilizar" os gols do Fla no mês de agosto, apenas 2, em 6 partidas. Isso é inacreditável. 1 Vitória, 2 Empates e 3 Derrotas, 2 gols marcados, 4 sofridos, é o saldo de um agosto meio amargo para o rubro-negro. Escrever um post após aquela derrota com sabor de goleada de ontem, contra o Guarani, em Campinas não é mole, não, além disso contraria o título do blog. Mas vamos em frente, Silas, o novo comandante, promete um time ofensivo a partir da próxima quarta-feira contra o Cruzeiro, no Parque do Sabiá, em Uberlândia. Não se pode dizer que Silas, o ex-meia do São Paulo e da Selelção Brasileira não tem experiência com time de massa e pressão, o desafio agora é conduzir com sucesso um time com massa e pressão em dobro. Não será uma tarefa fácil. Mas me recuso a acreditar que o desempenho do Mais Querido será igual ou inferior ao do mês de agosto. Portanto, quando entrar setembro, que as boas novas andem no campo, a começar pelo Parque do Sabiá.

Com Silas, o Fla estará em boa companhia?

  

"Oxo" de raiva

O zero no placar do Maraca na última quarta foi a gota d'água. Sem Rogério, o Fla tomará outros rumos táticos, enfim. Não creio que o time mude da água para o vinho hoje contra o Guarani, assim como não creio que o interino Toninho Barroso dê sequencia, ao pé da letra, ao trabalho realizado pelo ex-treinador. Um time competitivo e com vontade de vencer duarante 90 minutos é o que continuamos esperando e esperaremos sempre. Não resta dúvida de que um técnico carismático e incentivador, e quem sabe até flamenguista de verdade, é o que se espera na Gávea. Gosto do nome de Andrade, minha preferência é pelo Vanderlei Luxemburgo, cobra criada, e confesso que fiquei aliviado com o não de Parreira, apesar de sua vasta experiência, não consigo enxergá-lo vibrando à beira do gramado, conduzindo o time de maior torcida do Brasil. Notei o Parreira um tanto desmotivado, peço desculpas se estiver enganado, já na Copa da Alemanha em 2006 quando o Brasil perdia da França por 1 x 0 há uns quinze minutos do final da partida, e é preciso uma alta dose de motivação para conduzir o rubro-negro. Achei acertada a decisão do ex-técnico da    seleção sul-africana de descansar até o final do ano, assim como achei corretíssima, inteligente e sensata a justificativa de Zico quanto à demissão de Lourenço, sempre que a Nação bradar, deverá ser ouvida. 

Fla no Brinco de Ouro

É esperar para ver a nova postura do time hoje, a partir das 16 horas em Campinas, contra o Guarani. Agora, cá para nós, os jogadores bem que poderiam se soltar mais, se doar mais, independente das orientações táticas, isso faz uma diferença enorme. É preciso saber dosar as atitudes, dentro e fora do gramado. Nem aprontar loucuras, trocando o dia pela noite, nem virar santo da noite para o dia. O capitão Léo Moura, Ronaldo Angelim, Juan, Williams e Pet, titulares remanescentes do hexa, podem e devem agir, sem pestanejar, pelo bem do Mengão.

O Bugre medindo forças com o Urubu
Zenon x Carpegiani, cabeças pensantes em 1978

Que venham os gols

Vencendo ou perdendo a partida de hoje contra o Atlético Mineiro no Maracanã, o técnico Rogério Lourenço não será nem o melhor nem o pior técnico do mundo, mas entre conquistar ou não os três pontos existe uma imensa diferença, pode valer a permanência do treinador à frente do Fla. A verdade é que a vitória, se não for convincente, apenas servirá para camuflar a deficiência tática do time, por outro lado, caso Diogo estreie com sucesso e faça a diferença no ataque, dando novo ânimo à equipe, as coisas podem tomar um rumo diferente,  com um elenco motivado o suficiente para, enfim, dar uma arrancada digna de campeão. Enquanto seu "gol" não vem, vamos relembrar a arrancada para o título brasileiro do ano passado, contra o Galo, no Mineirão, quando nem gol olímpico faltava. 

Atlético Mineiro 1 x 3 Fla na Cabeça 

Com a palavra, o capitão Léo

Palavras de Léo Moura referentes à manifestação da torcida rubro-negra, insatisfeita com a permanência do técnico Rogério Lourenço:

"É normal que toda torcida cobre. Quando o resultado não vem, é sempre culpa do treinador. Mas os jogadores são responsáveis também por um resultado acontecer ou não. Precisamos ficar tranquilos. Um trabalho está sendo bem feito, os resultados vão aparecer e esta opinião vai mudar "

Independente da permanência ou não de Rogério à frente do comando técnico da equipe, fica bem claro o equilíbrio do capitão do Fla na sua declaração. Sabemos, é verdade, que um resultado negativo diante do Atlético Mineiro, no Maracanã, pode ser a gota d'água, mas é necessário, principalmente para um líder, transmitir confiança nos momentos difíceis. Mais um ponto para o craque Léo.

Léo: equilíbrio diante das interrogações

E por falar em ataque inoperante... só Love resolve

Estranha essa lista de artilheriros do Fla no Brasileiro até a 15ª rodada disputada ontem, vejam só:

Vagner Love - 4 gols ( 1 contra o Vitória, 2 contra o Grêmio Prudente e 1 contra o Palmeiras, é o artilheiro isolado, mais do que isso, é um artilheiro fantasma, procure-o na Gávea e peça um autógrafo, posso garantir que você não o encontrará, é mais fácil vê-lo na Rússia jogando pelo CSKA);

Petkovic - 3 gols (38 anos, nem sempre joga 90 minutos, mas foi o único que chegou perto de Vagner Love, marcou 1 gol, contra o Grêmio, 1 contra o Atlético Goianiense (de pênalti) e 1 contra o Ceará (também de pênalti);

Denis Marques - 1 gol, contra o São Paulo na estreia do Fla, rescindiu contrato; 

Juan - 1 gol, contra o Grêmio Prudente;

Bruno, lembram-se? - 1 gol (fez mais que Val Baiano, Borja, Leandro Amaral e Vinícius Pacheco juntos) e ainda  por cima, cobrando falta (nem Pet conseguiu essa "proeza" );

Toró - 1 gol, contra o Goiás;

Paulo Sérgio - 1 gol, contra o Botafogo e Diego Maurício - 1 gol, contra o Avaí, hoje são reservas dos reservas.

13 gols "chorados" em 15 partidas, já são 9 rodadas desde que Vagner Love marcou seu último gol com a camisa rubro-negra, e ele ainda não foi sequer igualado. Agora a pergunta: Diogo ou Deivid, quem alcançará primeiro a marca de 4 gols de Vagner Love? Ou você acha que eles não conseguirão chegar a tanto? Participe da Enquete no final da página.

É, Patrícia... sem Love não dá!

Cadê a força?

Mais uma vez não deu para o Fla na Arena da Baixada, com a derrota de ontem, o time caiu para a 10ª posição. É bom lembrar que não combina com o Mengão ficar no meio do caminho, mas para que avance e alcance dias melhores a equipe precisa mostrar o que tem. Contra o Atlético Paranaense faltou força física, força tática, força de vontade... força ofensiva, então, nem vou falar. No intervalo da partida Rogério acabou trocando seis por meia dúzia. O que se viu foi comum demais para um grupo que está defendendo um título. Não podemos nunca duvidar do poder de reação que o Flamengo possui, mas fica a interrogação: Diogo e Deivid, vingarão dentro do esquema que o treinador tem para oferecer? A simples escalação desses dois reforços suprirá essas carências tão visíveis na  partida de ontem? Porque não basta escalá-los e achar que farão milagre. Rogério merece críticas, é bem verdade, mas a postura de toda a equipe, sem aquela gana de vencer, também, não necessariamente nessa ordem. Quinta tem mais Atlético e O Mais Querido vai ter que cantar de galo.

Fla em baixa na Arena

8 derrotas, 2 empates e nenhuma vitória, esse é o retrospecto nada decente do Fla na Arena da Baixada contra o Atlético Paranaense, adversário de hoje, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. De 1999, ano em que o estádio foi inaugurado, até o ano passado, o Mengo não sabe o que significa vencer ali. Levou 24 gols e marcou apenas 8, são 16 gols negativos de saldo. A partir das 16 horas, mais uma oportunidade para se quebrar esse tabu, se entrar em campo atento e em ritmo de decisão a tarefa ficará menos complicada.  Além disso, o rubro-negro curitibano encontra-se em 17º lugar na tabela, dentro do "Z 4", portanto, já teve dias melhores.

A Freguesia indigesta:

1999 - Atlético 3 x 2 Flamengo 
2000 - Atlético 1 x 1 Flamengo 
2001 - Atlético 4 x 0 Flamengo 
2003 - Atlético 4 x 1 Flamengo 
2004 - Atlético 2 x 1 Flamengo 
2005 - Atlético 2 x 0 Flamengo 
2006 - Atlético 1 x 0 Flamengo 
2007 - Atlético 2 x 0 Flamengo 
2008 - Atlético 5 x 3 Flamengo 
2009 - Atlético 0 x 0 Flamengo  

Fla Revival - 3 x 0 Atlético/PR - 1983

Já que a semana do Fla teve, entre outros destaques, Zico e Atlético Paranaense, nosso próximo adversário, aproveito para relembrar uma emocionante vitória de 3 x 0, com espetáculo do Galinho, em cima do rubro-negro curitibano, pelo Campeonato Brasileiro, em 12 de maio do ano de 1983.  

O Flamengo jogou com Cantarele, Leandro, Marinho, Mozer e Junior;  Vítor, Adílio e Zico;  Élder, Baltazar (Robertinho) e Júlio César (Figueiredo). Sabemos que o retrospecto contra o Atlético na Arena da Baixada é negativo, mas o clima positivo dos últimos dias pode ajudar muito a equipe amanhã à tarde.  

Tarde de domingo com Zico no Maracanã

Diogo e Deivid - Último capítulo

Hoje devem ser anunciados, finalmente e felizmente, os dois bons reforços para o ataque do Fla, Diogo e Deivid. Zico e Patrícia devem anunciá-los oficialmente no final da tarde, no Ninho do Urubu. O Fla na Cabeça ficará atento para postar o último capítulo dessas duas contratações novelísticas. Que o final seja feliz.

Que Deivid venha com força de Hulk

Bons ares na Gávea

Apoio de grupo de torcedores para que Zico e Patrícia obtenham êxito na direção do clube e acordo fechado com o bom atacante Diogo, o dia de ontem no Fla foi de bons ares.

O blog Fla na Cabeça não poderia deixar de aderir ao Movimento "Com Zico, pelo Flamengo" criado em comunidades virtuais no início deste mês. Sem utopias, Zico merece todo o respeito e confiança da Nação, e temos que torcer para que ele coloque o Mengão nos trilhos do profissionalismo e na briga por títulos expressivos. Merece igualmente respeito Patrícia Amorim, não vamos confundir a delicadeza e a sensibilidade feminina com incapacidade de enfrentar grandes desafios.

Cerca de 150 torcedores compareceram ontem à Gávea

A contratação do atacante Diogo, que jogou na Portuguesa até 2008 e foi para o Olympiacos da Grécia, foi confirmada, o Fla espera a inscrição do jogador na CBF para anunciá-lo oficialmente. Diogo virá por empréstimo de um ano e é mais uma esperança de gols para um ataque até aqui, sofrível. Não o vi atuar pela Portuguesa, muito menos pelo Olympiacos. Se você está na mesma situação que esse blogueiro veja o vídeo abaixo, quando ele atuava na Lusa, para quebrar um galhinho. Tomara que a camisa rubro-negra fique bem leve nele, e o torne ídolo. Nossas boas-vindas para Diogo.

Raçudo, oportunista... e a cara de Tévez!

A nossa realidade

A "volta" dos que não foram

Caro torcedor, o Flamengo é um time forte por natureza, mas não existe fortaleza que não seja, de alguma forma, abalada. O elenco perdeu nomes de peso, é verdade, como Vagner Love e Adriano, o mais pesado deles (sem trocadilho), mas  não se pode desprezar o valor dos que ficaram, é o caso do craque Leo Moura, jogador talhado para a seleção brasileira, na minha opinião, Ronaldo Angelim, rubro-negro até a alma, Juan, apesar de estar jogando um futebol inferior ao que pode jogar, Williams, que compensa com sobras a pouca qualidade técnica com  uma monstruosa força de marcação e Petkovic, meia clássico e ainda funcional, apesar dos 37 anos. 

Flagra de Leo "comendo" a bola

Reforços

O mesmo pode-se dizer dos novos nomes do Fla. Correa, volante de bom passe, Renato Abreu e os chutaços certeiros de longa distância, uma arma considerável, e Leandro Amaral, que reencontrará logo o caminho do gol suprindo essa necessidade urgente do Mengão. Vamos esquecer Ronaldinho Gaúcho, Riquelme e outros "galácticos", vamos continuar torcendo, e que sejamos felizes com o que temos.

Mengão tem solução

Ontem no Maracanã o Fla venceu o Ceará por 1 x 0 pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Há três jogos sem marcar, o Mengão desencantou com Pet cobrando pênalti sofrido por Williams aos 44 do primeiro tempo, mas ainda está longe daquele futebol convincente que esperamos. Com as estreias de Renato Abreu e Leandro Amaral as esperanças se renovam, embora ainda precisem de mais tempo para entrosamento, essas duas peças ainda devem contribuir muito para a equipe dentro da competição.  

FLAMENGO 1 X 0 CEARÁ

Marcelo Lomba, Léo Moura, Wellinton, Ronaldo Angelim e Michael (David); Correa, Willians, Renato Abreu e  Petkovic; Leandro Amaral (Vinicius Pacheco) e Val Baiano (Rafael Galhardo).	Diego, Oziel (Diogo), Anderson, Fabrício e Ernandes; Heleno, Michel, João Marcos (Geraldo) e Camilo; Tony (Wellington Amorim) e Washington.
Técnico: Rogério Lourenço	Técnico: Sérgio Araújo
Gols: no primeiro tempo, Petkovic, de pênalti, aos 44 minutos. Cartões amarelos: Correa, Willians, Renato Abreu e Petkovic (Flamengo); Michel e Anderson (Ceará)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro. Data: 14/08/2010. Árbitro: Wagner Reway-MT. Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho-SP (Fifa) e Carlos Berkenbrock-SC (Fifa).  Renda: R$ 559.875,00 . Público: 20.696 pagantes

Pet e a categoria de sempre

A Democracia "Flamenguista"

Foi com imenso prazer que pude ver dois dos maiores representantes da Democracia Corinthiana atuando no Flamengo. Sócrates em 1986, cruzando para o gol de Bebeto no 1 x 1 contra o Vitória, e Casagrande em 1993, marcando um gol após duas defesas seguidas do excelente goleiro uruguaio Rodolfo Rodríguez, também 1 x 1 contra o Bahia, são lembranças que não se apagam  da minha memória. Em ambas as partidas o cenário foi o estádio da Fonte Nova, aqui em Salvador, que encontra-se em reforma para a Copa de 2014.

Olha só que timaço! Em pé: Leandro, Cantarele, Mozer, Andrade, Jorginho e Adalberto; Agachados: Bebeto, Sócrates, Chiquinho, Zico e Adílio.

Casagrande em ação no Fla contra o Bragantino

              

Rondinelli na cabeça

3 de dezembro de 1978. Aquele Flamengo x Vasco não era apenas mais um. Tinha cara de final de Copa do Mundo. O Vasco jogava pelo empate para conquistar o segundo turno do Campeonato Carioca, já para o Fla a vitória valia o Campeonato já que havia vencido o primeiro turno. Jogo truncado, brigado, cada palmo do "campo de batalha" era disputado como se fosse o único. O zero a zero até os 41 do segundo tempo, pelo visto não desgrudaria do placar do Maraca. Foi quando Zico resolveu bater um escanteio pelo lado direito, o que não era comum,  a bola viajou, atravessou a área e encontrou-se com Rondinelli, que em uma cabeçada fantástica estufou as redes do goleiro Leão. Eu não estava no Maracanã, nem mesmo estava em frente a uma TV, apenas jogava bola com os meus amigos na porta de casa, mas os flamenguistas  da  rua aonde eu morava berravam, comemoravam, narravam e comentavam com tamanha precisão e empolgação o gol do título que a partir dali me senti dentro do maior estádio do mundo, e assim como todo menino, queria ser também um Rondinelli. Foi o pontapé inicial para a minha paixão pelo Mais Querido. Seja na terra, seja no mar, seja na minha São Salvador... sempre vou torcer para que dê Fla na Cabeça. 

Fla (com Rondinelli na cabeça) 1 x 0 Vasco