sábado, 14 de agosto de 2010

Rondinelli na cabeça

3 de dezembro de 1978. Aquele Flamengo x Vasco não era apenas mais um. Tinha cara de final de Copa do Mundo. O Vasco jogava pelo empate para conquistar o segundo turno do Campeonato Carioca, já para o Fla a vitória valia o Campeonato já que havia vencido o primeiro turno. Jogo truncado, brigado, cada palmo do "campo de batalha" era disputado como se fosse o único. O zero a zero até os 41 do segundo tempo, pelo visto não desgrudaria do placar do Maraca. Foi quando Zico resolveu bater um escanteio pelo lado direito, o que não era comum,  a bola viajou, atravessou a área e encontrou-se com Rondinelli, que em uma cabeçada fantástica estufou as redes do goleiro Leão. Eu não estava no Maracanã, nem mesmo estava em frente a uma TV, apenas jogava bola com os meus amigos na porta de casa, mas os flamenguistas  da  rua aonde eu morava berravam, comemoravam, narravam e comentavam com tamanha precisão e empolgação o gol do título que a partir dali me senti dentro do maior estádio do mundo, e assim como todo menino, queria ser também um Rondinelli. Foi o pontapé inicial para a minha paixão pelo Mais Querido. Seja na terra, seja no mar, seja na minha São Salvador... sempre vou torcer para que dê Fla na Cabeça. 

Fla (com Rondinelli na cabeça) 1 x 0 Vasco

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